A China deu hoje um grande passo na área da aeronáutica com o primeiro voo do COMAC C919, jato comercial de médio porte que pretende concorrer com o Airbus A320 e o Boeing 737.
Com a presença de mais de 3000 pessoas e extensa cobertura midiática, o avião decolou do Aeroporto Internacional de Pudong, em Xhanghai, com transmissão ao vivo. O voo foi feito por uma tripulação de cinco pessoas, incluindo pilotos de testes e engenheiros.
O jato passou por diversos problemas durante sua construção. O primeiro voo, por exemplo, deveria ter sido realizado em 2014. O projeto faz parte do programa estatal Made In China 2025, que tem ambição de desenvolver tecnologia avançada, desde robôs até medicamentos e transportes, tudo no nível de qualidade de primeiro mundo.
Apesar de ser um projeto totalmente chinês, ao contrário do ARJ-21 da mesma fabricante que é baseado no americano MD-80, o C919 ainda depende de tecnologia estrangeira. Os seus motores, por exemplo, são os CFM LEAP, que equipam os A320neo e 737MAX. Apesar dessa dependência estrangeira, ter um motor estrangeiro de uma empresa consolidada e reconhecida facilita a entrada em mercados fora da zona de influência da China.
O avião de corredor único é o maior avião comercial feito pela China, e tem capacidade entre 155 e 175 passageiros, com um alcance máximo de 4.075 km (2.200 milhas náuticas). O início das operações comerciais com o jato está previsto para 2019 com a companhia China Eastern. Atualmente a COMAC possui 570 encomendas do jato para 23 clientes.
Informações pelo HeraldNet e Washington Post.