Chegada de aviões a Guarulhos muda amanhã ao novo sistema ‘Point Merge’, entenda

Receba essa e outras notícias em seu celular, clique para acessar o canal AEROIN no Telegram e nosso perfil no Instagram.

Esta quinta-feira, dia 20 de maio, marca a estreia da TMA-SP Neo, a reestruturação da maior Terminal Aérea da América Latina, que impactará o tráfego aéreo de grande parte do Brasil.

O objetivo é aumentar a capacidade de movimentos de aviões pelos céus do país e, especialmente, do congestionado estado de São Paulo, ao mesmo tempo em que serão reduzidos os tempos de esperas/órbitas em voos, permitindo economia de combustível às empresas aéreas e diminuição da emissão de poluentes ao meio ambiente.

Além de diversas mudanças de rotas e procedimentos em setores aéreos que abrangem boa parte das rotas entre São Paulo e as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, o destaque fica para o interessante Point Merge System, o novo sistema de gerenciamento de tráfego que será implantado na chegada ao Aeroporto Internacional de Guarulhos.

Além dos próprios pilotos e controladores de tráfego que usarão na prática o novo sistema, aqueles que gostam de acompanhar o movimento aéreo através dos sites e aplicativos de radar também poderão notar, principalmente nos horários de maiores movimentos, que as aeronaves descreverão dois arcos em uma região específica. Veja no vídeo a seguir um resumo das mudanças, e logo abaixo do vídeo, mais detalhes sobre o Point Merge System:

Como você pôde ver no vídeo acima, as aeronaves que chegarem ao aeroporto de Guarulhos passarão a utilizar um sistema em que elas poderão descrever dois arcos, a depender da direção em que elas estiverem chegando, antes de serem direcionadas ao Merge Point que as levará ao aeroporto.

Em um sentido, pelo arco mais externo, as aeronaves estarão 1.000 pés abaixo daquelas que estiverem no sentido inverso pelo arco mais interno. Com isso, a qualquer momento o controlador de tráfego aéreo poderá enviar, conforme sua necessidade, qualquer aeronave dos dois arcos em direção ao ponto central de confluência, o Merge Point, para então prosseguir até o aeroporto.

Isso é possível porque, no caso do arco externo, o avião poderá virar para o Merge Point e fazer sua descida sem conflitos, pois passará por baixo dos demais aviões que já estão 1.000 pés acima dele fazendo o arco interno. Enquanto isso, no caso do arco interno, o avião também poderá virar para o Merge Point e fazer sua descida sem conflitos, pois não cruzará com nenhum dos aviões do arco externo.

Merge Point System de Guarulhos, que começa a ser usada nesta quinta-feira

Como se nota na imagem acima, o Point Merge de Guarulhos será chamado “SANPA”, com altitude de 9 mil pés e velocidade de 140 nós, enquanto nos arcos os aviões terão velocidade de 250 nós e ficarão a 23 milhas e 26 milhas, respectivamente com 15 mil pés e 14 mil pés de altitudes.

Para ter mais clareza nessa lógica dos arcos e das altitudes, veja o sistema explicado em detalhes a partir do tempo 1:32:50 no vídeo a seguir:

Murilo Basseto
Murilo Bassetohttp://aeroin.net
Formado em Engenharia Mecânica e com Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção Aeronáutica, possui mais de 6 anos de experiência na área controle técnico de manutenção aeronáutica.

Veja outras histórias

Cessna colide em voo com outro avião, mas este estava parado

0
Um acidente um tanto quanto incomum ocorreu no último dia 27 de novembro, envolvendo dois aviões no ar, mas apenas um estava de fato voando.